quarta-feira, 28 de abril de 2010
Um canto solitário
Na manhã ensolarada e tão bela
Saí passeando pela vereda a cantar
Ninguém ouviu meu canto na aquarela
A vontade imensa de tudo mudar
Cantei sobre as flores lindas desprotegidas
Sobre as dores de mães carentes solitárias
Cantei sobre as mais fortes e duras feridas
Cantei sobre tantas mulheres solidárias
Meu canto desafinou pela estrada afora
Meu lamento persistia e mais triste ficava
Ouvi ao longe um grito, um basta, vá embora
Era meu eu, que de tudo aquilo, também cansava
Desisti de cantar, de proclamar minha revolta
Então à chorar, gritei aos céus minha desdita
Senti ao meu redor a santa e pura escolta
A dizer-me, continue a crer, Maria Rita
autora
Maria Rita Bomfim
Silêncio Romântico
Há um silêncio diante da vida
Que realmente não tem explicação
Silêncio esse, que nos convida
À buscar no pensamento,mais emoção
Há uma intensa paz que nos circunda
Que leva à sonhar, sonhos de amor
Talvez seja ela a doce chama oriunda
Dos céus, carregada de vida e calor
E de repente, imagina-se um romance
Daqueles de ficção, pura luz de poesia
Traduzindo do amor, a mais linda nuance
Em festa, as estrelas cintilam com magia
Alguns esperam agora, sua última chance
E a sonhar, mudam o astral, na doce sintonia
autora
Maria Rita Bomfim
AGRADECIMENTO
Deus de amor e bondade infinita
Eis-me aqui agradecendo Seu valor
Por uma longa vida, boa e bonita
Onde aprendi, receber e dar amor
A mãe tão poderosa, que me afagou
Foi a coisa mais rica que comigo tive
Exemplo de garra, caridade, ela deixou
E em meu coração, para sempre ela vive
Sem que demonstrasse orgulho vão
Ela mostrou no trabalho e na fé
Que, felicidade, só depende de construção
Minha mãe, eu lhe ofereço amor carinho
A lembrança que eu carrego no rosto, é
A semelhança, que é você no meu caminho
autora
Maria Rita Bomfim
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