domingo, 2 de maio de 2010


Medo
Meu medo é diferente mas existe
é que tudo se torne mais triste
pela distância que nos invade

Que seja doída sempre a saudade
Essa que sempre se faz realidade
E persegue todos os enamorados

E eles muitas vezes apaixonados
Sentem -se por vezes embriagados
Tontos de ciúmes e de tanto amor

E é às vezes com certo amargor
Que nos versos trazem o clamor
Com os olhos, de lágrimas molhados
autora
Maria Rita Bomfim

quarta-feira, 28 de abril de 2010


Um canto solitário

Na manhã ensolarada e tão bela
Saí passeando pela vereda a cantar
Ninguém ouviu meu canto na aquarela
A vontade imensa de tudo mudar

Cantei sobre as flores lindas desprotegidas
Sobre as dores de mães carentes solitárias
Cantei sobre as mais fortes e duras feridas
Cantei sobre tantas mulheres solidárias

Meu canto desafinou pela estrada afora
Meu lamento persistia e mais triste ficava
Ouvi ao longe um grito, um basta, vá embora
Era meu eu, que de tudo aquilo, também cansava

Desisti de cantar, de proclamar minha revolta
Então à chorar, gritei aos céus minha desdita
Senti ao meu redor a santa e pura escolta
A dizer-me, continue a crer, Maria Rita
autora
Maria Rita Bomfim

Silêncio Romântico

Há um silêncio diante da vida
Que realmente não tem explicação
Silêncio esse, que nos convida
À buscar no pensamento,mais emoção

Há uma intensa paz que nos circunda
Que leva à sonhar, sonhos de amor
Talvez seja ela a doce chama oriunda
Dos céus, carregada de vida e calor

E de repente, imagina-se um romance
Daqueles de ficção, pura luz de poesia
Traduzindo do amor, a mais linda nuance

Em festa, as estrelas cintilam com magia
Alguns esperam agora, sua última chance
E a sonhar, mudam o astral, na doce sintonia
autora
Maria Rita Bomfim

AGRADECIMENTO
Deus de amor e bondade infinita
Eis-me aqui agradecendo Seu valor
Por uma longa vida, boa e bonita
Onde aprendi, receber e dar amor

A mãe tão poderosa, que me afagou
Foi a coisa mais rica que comigo tive
Exemplo de garra, caridade, ela deixou
E em meu coração, para sempre ela vive

Sem que demonstrasse orgulho vão
Ela mostrou no trabalho e na fé
Que, felicidade, só depende de construção

Minha mãe, eu lhe ofereço amor carinho
A lembrança que eu carrego no rosto, é
A semelhança, que é você no meu caminho
autora
Maria Rita Bomfim

sexta-feira, 5 de março de 2010

Despertar

Despertando de uma letargia
vai meu coração passear
sonhando pela estrada
desse novo caminhar

Busca delirante inconformado
a fonte para inspiração
desse sonho renovado
dessa nova emoção

Com medo dos espinhos
curva-se à solidão aflita
pensando em carinhos
nessa ternura bendita

E refugia-se então
no riso fácil e matreiro
doando farta emoção
sozinho o tempo inteiro.
Maria Rita Bomfim

Quero
Quero lhe falar do meu amor
Sufocado na saudade que senti
Renovando o brilho encantador
De todo sonho que então vivi

Quero lhe deixar minhas suaves rimas
Que nascem desse meu sentir profundo
Tecendo palavras em obras primas
Desse amor, maior que todo o mundo

Quero lhe cantar meus versos plenos
De uma paixão terna que ora renasce
Desse meus sonhos antigos e amenos
Desse rubor por vezes em minha face

Quero lhe entregar meu doce bem
Feita em plena magia e emoção
A ternura que meu peito contém
Quando por ti dispara o coração

Sabes de mim, mais do que pensas
Eu de você por vezes nem imagino
Porém, dás por amada recompensa
Esse teu jeito, esse coração de menino

E te amo com toda magia de uma mulher
Com toda dedicação de uma menina
E a vida desenha como ela mesma quer
Minha senda, nossa estrada, nossa sina
autora
Maria Rita Bomfim

"OÁSIS NO DESERTO"

Eis-me aqui Senhor a pedir clemência
Por toda dor do mundo, pelos deserdados
Eis-me a pedir Senhor, pelo amor e a paciência
Por todos que se julgam desesperados

Nesse deserto de pedras e secura
Onde a maldade por vezes impera
abranda nosso coração, sem amargura
à buscar Teu Sol Tua quimera

E que o oásis do Teu sorriso nos brinde
Com a ternura desse Teu amor bondade
Que a esperança jamais nos finde
Que vivamos em paz, no amor e caridade

E que o orvalho molhe a plantação
Da boa vontade entre todos nós
Que haja assim em nosso coração
A fé e a misericórdia, que não estejamos sós
autora
Maria Rita Bomfim

quinta-feira, 4 de março de 2010


A morte é um renascer

Jesus já dizia ser a morte
Mudança para outros mundos
Onde há muitas moradas, que sorte!
Mas não se conquista o melhor em segundos

A morte dos vícios redunda em qualidade de vida
E sendo um nome que muitos temem, é ela, a morte
Uma suspeita de mal agouro, uma maldade ou partida
Onde na verdade partimos, para outro rumo, outro norte

A morte é um renascer constante
Perda jamais será em nós, verdade
Talvez até partamos para lugar distante
E certamente será em busca de mais felicidade

Jesus no madeiro infame morreu
Alguns disseram, é da derrota sua imagem
Ele calmo entregou-se, e no céu renasceu
Feito LUZ, sua história é a mais linda passagem
autora
Maria Rita Bomfim

Voam Nuvens no Céu

Como a pensar em meus versos
A vida passa tranquila a sorrir
E nos momentos mais adversos
A rima sempre vem a intuir

Olho o céu tão carregado
Nuvens negras a transformar
Todo meu sonho imaginado
No medo de naufragar

Porém novamente o sol aparece
Nuvens brancas passam sorrindo
Como se fora então numa prece
Todo o medo já está partindo

Novos sonhos rimam em minha mente
Novas nuvens intercalam meu versar
Se faz sol ou chove torrencialmente
Sei que Deus está a abençoar
autora
Maria Rita Bomfim

sábado, 27 de fevereiro de 2010


QUERO TE DIZER (I)

Quero te dizer que és meu querido
Que trazes no verso minha grande alegria
Tu sabes, que muito bom tem sido
Esse nosso encontro, essa sintonia

Quero te dizer meu amor, Jesus é meu Rei
E quando me conheceste, soubeste respeitar
Embora dissessem que não, em você acreditei
Nosso encontro foi mesmo alegria sem par

Respeito teu jeito de ser, e sempre foi assim
Carinho e amor, compreensão sem fim
doçura sabes como, em verso ofertar

Agradecida, procuro orar ao meu Senhor
Com retidão, também busco fiel amor
E em você, acho que pude encontrar
autora
Maria Rita Bomfim

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010


Sabes de Mim

Suavemente cantado em mim
Os versos desse amor escondido
São restos da paixão que enfim
Com todo louvor hão sobrevivido

E é assim que sempre tem sido
Nada conseguiu nisso dar fim
Suavemente cantado em mim
Os versos desse amor escondido

Então nas teclas vão assim
As notas que tenho sentido
As rimas que coloco em marfim
Na poesia tudo fica repetido
Suavemente cantado em mim
autora
Maria Rita Bomfim

Verdadeiro amor
Amor verdadeiro sempre desejei sentir
Porém o destino às vezes nos atraiçoa
E a ilusão teima, vem sempre inserir
Suas garras, maltratando uma pessoa

Mas acredito no amor sincero, puro
Cheio de ternura carinho doação maior
E atiraria-me em seus braços no escuro
Se encontrasse em alguém, o meu melhor

Talvez nesse meu coração nem mais poder exista
Ou forma de entender o amor, que tanto desejo
Talvez a vida finde, antes que um amor persista

Mas eu quero mesmo assim esse seu beijo
Mesmo na saudade que depois nem resista
Ainda que do amor, eu tenha só um lampejo
autora
Maria Rita Bomfim


Meu amor

Meu amor nasceu sereno
Eu nem sabia já estava ali
Mas ele parecia tão pequeno
Que era imenso, eu não percebi

Aos poucos a brincadeira, cresceu
E a agonia de um ciúme, brotou
Minh'alma também nem percebeu
Que em pouco tempo, o amor aumentou

Um dia, pensei deixá-lo, afinal era virtual
E tanto pranto meus olhos choraram
Vi que como esse amor, não existia igual

Ali estava você, seus versos me aguardavam
Falavam da saudade não a virtual
E seus beijos também me esperavam
autora
Maria Rita Bomfim

domingo, 7 de fevereiro de 2010


Eu
Só eu
Serei sua

eu serei sim sua
E serei sua musa
O seu clarão de lua

Hei de ter seu amor
Quero sentir o seu calor
Dessa sua rima, o primor

E pode, se quiser, contestar
Mas verás que vivo pra te amar
que és feito a brisa, meu doce ar

E pra você estou sempre repetindo
E procurando mostrar amor, ou sorrindo
À dizer que és todo amor que sonho lindo

As idas e vindas fizeram doer, foi marca
Mas a chama do amor em mim abarca
E outra vez embora pareça lúdica

são as forças desse recomeço
Que dão ao amor um apreço
por isso amor eu te peço

perdoe tudo que lhe fiz
e se restou a cicatriz
o amor pede bis

Quero ser sua
o sol e a lua
serei eu
só eu
sua

autora
Maria Rita Bomfim


SOL DO MEIO DIA
És o meu Sol brilhante e belo
Que ilumina todo meu sonhar
És minha doce harmonia e anelo
És o sonho que quero realizar

Feito aquele do meio dia, o Sol,
Que brilha mais e traz calor maior
Lá por aquele distante arrebol
Que na memória trago de cor

És e foste doce rima encantada
O forte perto da minha fragilidade
És para mim o tudo pessoa amada
És o suave canto de felicidade

Nem antes nem depois do meio dia
O sol é tão abrasador, envolvente
Iluminando sempre nosso dia
Agasalhando a alma carente
autora
Maria Rita Bomfim

Travessia

Mais uma vez meu coração recomeça
A travessia se faz sem mágoa ou dor
Ele sem solidão, aprendeu sem pressa
A magia de escrever, rimar com amor

Escolher entre o sonho e a realidade
Mil vezes essa trilha que compõe o ''ser''
Em mim habita pra sempre, só verdade
Mais do que isso, não sei como fazer

A poesia, mora em meu coração
Desde a mais tenra idade, a vi
Sufocar tal alegria, essa emoção,
Não poderia, para amar eu nasci

E entre minha fé, meu simples jeito
Ou a cerimônia dos que tem medo
Prefiro rimar dentro desse meu peito
Sem que minha vida seja um segredo
autora
Maria Rita Bomfim


Meus 59 Anos

Ainda não os sinto dentro do peito
Mas por vezes, é bom demais
Ter vivido tanta história desse jeito
Só a maturidade nada mais

Juventude dourada embalada por carinho
Seguindo daí longa estrada, no aprendizado
Filhos queridos, grande escola, caminho
Enfim, terceira idade, nada planejado

Passeios, amigos, poesia e a fé em Cristo
Fraternidade, embora algumas rugas
Marquem no rosto e provem tudo isto

Nada mais de brigas ou velhas rusgas
Apenas coração ameno e consciente
De que para tal felicidade, não há fugas
autora
Maria Rita Bomfim

sábado, 6 de fevereiro de 2010


Doce bem

Faz tempo que eu espero
Um carinho de verdade
E com você agora quero
Viver essa felicidade

Sentir esse seu carinho
Das rimas que tanto amo
Dividir um doce ninho
Por você eu sempre chamo

Não sabes ainda doce bem
como invadiste minha alma
Já me fazes como ninguém
Desse sonho sua palma

E apesar do medo insano
Que carrego desse novo amor
Tenho contigo um plano
Do seu abraço meu calor!!!
Maria Rita Bomfim

Quem é essa menina?

Quem é essa menina, que nunca cresceu
que espera seu príncipe encantado
chegando num cavalo branco
dizendo sou sempre seu.

Quem é essa menina
que meio século não bastou
para envelhecer seus sonhos
aqueles que sempre sonhou
.
Quem é essa menina
que ama com sentimento nobre
que não esquece sua realidade
mesmo que a vida não lhe cobre.

Quem é essa menina
que se faz linda como a primavera
que faz da vida poesia
vivendo essa quimera.

Quem é essa menina
que os olhos menos avisados
enxergam uma séria senhora
mas estão muito enganados.

Quem é essa menina
que é mãe avó e amiga
que ainda sorri no espelho
e com ele não briga.

Essa menina é minha alma
essa que é a realidade
pois o corpo se acaba
e a alma é sempre a verdade.

autora
Maria Rita Bomfim



QUEM É ESSA MENINA?

Quem é essa menina, que hoje aquece minh’alma,
Me enleva e me acalma?
Quem é essa menina que se nega a crescer,
Faz versos, faz poesia, faz clarear o dia
E faz anoitecer?

Quem é essa menina de sorriso permanente,
Nunca está triste, esta sempre contente?
Quem é essa menina que me fez renascer
Me inspira a todo momento a mais versos fazer?

Quem é essa mulher toda cheia de charme,
Que tudo que escreve, parece estar a chamar-me?
Me proíbe falar de sexo
Mas, ao vê-la, isso se torna ato reflexo.

Quem é essa mulher que me atrai, que me desafia
Enfrenta o mundo, não me contraria?
Foge, se esgueira, é sempre fugidia.

Não me provoca, sempre está afável
Não me critica, é sempre muito amável.
Me dá esperanças, nunca me dá certezas
É todo melosa, cheia de gentilezas.

Vou continuar curtindo,
vou continuar me iludindo.
Esperança anima a vida
Eu persisto, nesta lida.
autor
(Mauro Mazza – 30/07/09)

Cafezais em flor


Por vezes via ao longe, a beleza infinda
Do cafezal em flor, onde o branco reluzia
Era algo profundo, coisa rara, muito linda
que infelizmente, não vejo mais hoje em dia


Cigarras, em bandos, barulhentos, apareciam
Por todo cafezal feito nuvens que gotejavam
Eram tantas, que as crianças se divertiam
E as cigarras feias e pesadas, cantavam

Dias passados, apenas vestígios se via
A festa acabara, as cigarras, sumiam
O cafezal por muitos anos continuaria
Até que novamente elas apareceriam


Mas para tristeza e espanto, eu pude ver
O cafezal ser transformado em pasto de boi
Onde nada mais se pudesse plantar ou colher
E a beleza do canto ou das flores, também se foi
autora
Maria Rita Bomfim


QUANDO O AMOR É ETERNO

Quando um amor se faz verdade
E é ofertado com paz e doçura
Ele carrega em si, tanta felicidade
Que perdê-lo seria uma loucura.



Se um amor há que ao tempo resista
Eu conheço, posso mesmo afirmar
É o amor de mãe, não há quem desista
Ela nasceu e vive, somente para amar.

Ainda que algumas não sejam amadas
Ou plantaram em si somente amargura
Elas são sempre por Deus visitadas
Recebendo perdão, ânimo e ternura

Quando o amor se faz eterno, leal
Traz consigo a beleza que o retrata
E resiste aos ventos persistentes do mal
Pois para quem ama, somente amor relata
autora
Maria Rita Bomfim